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Título: Morto até o anoitecer
Autor(a): Charlaine Harris
Editora: Ediouro
Número de páginas: 316
Sookie Stackhouse é uma garçonete que tem o poder de ler mentes. Seu dom é a origem de vários problemas, pois sempre acaba sabendo mais do que gostaria sobre as pessoas que a rodeiam. Exceto por Bill Compton, o primeiro vampiro a aparecer em Bon Temps, cuja mente ela não consegue ler – assim como a de outros vampiros. Quando suas vidas se cruzam, descobrirão que não há volta... A aparição de um assassino em série na calma Bon Temps ao mesmo tempo em que vampiros começam a frequentar a cidade inicia uma caça às bruxas – e Sookie tenta provar que Bill não tem nada a ver com os assassinatos, que foram cometidos por um humano...
Meu primeiro instinto, tendo assistido a série da HBO antes de ler o livro, é comparar a versão escrita com a versão televisiva – e o que me surpreendeu foi o fato de serem incrivelmente semelhantes. A adaptação foi bem fiel ao livro, pelo menos na primeira temporada, exceto por um ou dois personagens, e pelo final ligeiramente diferente – mas é o bastante sobre a série, já que o foco aqui é o livro.
Sookie é uma personagem interessante. Ela tenta ser forte, mesmo quando todos esperam que ela não seja, e ainda mais quando tem que lidar com vampiros, que devem vê-la como uma criança inexperiente devido à sua visão relativamente positiva do mundo. Ela tem alguma dificuldade em aceitar o fato de que vampirismo não é causado por um vírus (como os morto-vivos têm divulgado desde que se tornaram capazes de viver em sociedade com os humanos).
Entre os vampiros, como esperado, Bill e Eric se destacam. Bill tenta viver em sociedade, e é um personagem bem consistente. Ele foi transformado no período da guerra civil americana, e age de acordo com os costumes da época, na maioria das vezes. Já Eric não faz questão de ser bom com os humanos, apesar de empregá-los no Fangtasia, bar de que é dono.
Intrigante também é ver os vampiros “saindo do caixão” – deixando seu status de mito, que lhes garantia alguma proteção, para o de “ser consciente”, mesmo que não estejam exatamente vivos. Passam a pagar impostos, e a ter direitos na sociedade. Numa comunidade que ainda tem muito preconceito contra negros e homossexuais, adicionar vampiros à mistura certamente causa uma grande controvérsia. São os primeiros a serem acusados de qualquer crime, por exemplo. Sofrem perseguições e atentados dignos da Ku Klux Klan.
É um livro que lhe prende à história, não tem um final previsível (exceto, claro, se a pessoa já tiver visto o seriado. Mas não vem ao caso) e tem bastante ação, sempre acontecendo algo diferente. Perto do final do livro, dá vontade de dar férias à Sookie, depois de tudo que acontece com ela. E definitivamente dá vontade de ler o próximo, o que é sempre um bom sinal.
Resenha por Ana Carla
Categories: Editora Ediouro, Charlaine Harris, S�ries/Sagas
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